Se você é estudante de Direito sabe que, mais dia ou menos dia, vai ouvir algumas perguntas que, basicamente, todo mundo faz a partir do momento que você entra na faculdade.
Mas não precisa ficar nervoso ou jogar o Vade Mecum na cabeça de alguém. É melhor respirar fundo e já ficar por dentro de todas as maluquices perguntas que com certeza alguém vai fazer para você durante seus 10 semestres de graduação.
1. “Você precisa saber todas as leis?”
Só no Brasil existem dezenas de Leis, Estatutos, Códigos, Projetos de Leis, entre outras normas e regras que ditam alguns direitos e obrigações das pessoas. Fora isso, ainda existem estatutos internacionais que também valem por aqui.
Normalmente, estudantes ou advogados só consultam esses textos quando precisam esclarecer alguma dúvida ou entendê-los melhor. Mas não precisa saber nada de cabeça, não!
2. “Já posso ser preso que agora vai ter um advogado na família, rs”
Qual estudante de Direito que nunca ouviu algum familiar ou amigo se gabando por ter alguém próximo que seria advogado? Mas sem abalar a amizade as coisas não são bem assim. Afinal de contas, os boletos continuam chegando e os honorários precisam ser pagos, não é?
Então, é melhor separar as coisas e deixar bem claro que aquele velho ditado “amigos, amigos, negócios à parte” é super válido.
3. “Você precisa decorar o Vade Mecum inteiro?”
Para quem não está se lembrando, o Vade Mecum nada mais é do que aquele livro gigantesco que normalmente os estudantes e advogados carregam a tiracolo. Em latim, a expressão significa “vai comigo”. E ele, definitivamente, está sempre com quem atua na área. Apesar de toda essa proximidade, saber de cor todo o seu conteúdo é praticamente impossível.
Uma versão em tamanho comum do livro chega a ter mais de 2.500 páginas, mas outras mais compactas podem ser encontradas por aí. No geral, a publicação contém todos os Códigos, Leis, nossa Constituição Federal, entre outras normas vigentes que estão sempre sendo revisadas e, muitas vezes, alteradas.
4. “Precisa ler muito, né?”
Sim, precisa. Em praticamente todas as matérias durante a faculdade são entregues muitos textos extras (além do próprio Vade Mecum, como dito antes) para serem estudados. E como são várias aulas, a leitura pode acabar acumulando muitas vezes se o aluno não tiver cuidado.
Se sua praia não é ler, é melhor pensar em outra profissão (ou rezar para conseguir passar nas provas sem dar uma olhada nos textos que os professores passam).
5. “Você vai ser juiz?”
É muito comum que as pessoas pensem em estudantes de Direito já querendo MUITO seguir uma carreira pública. Apesar de todo o lado positivo (alô, estabilidade, salários altos e aposentadoria integral!), existem muitos alunos que não pensam em prestar concurso e trabalhar como juízes, promotores, procuradores ou em qualquer outro cargo público.
O Direito é uma área que dá diversas possibilidades para quem quiser trabalhar na área. Além da área contenciosa, na qual se tem contato direto com processos das mais diversas matérias (como cível, trabalhista, tributária ou criminal), também há a possibilidade de atuar como advogado em empresas e escritórios na área consultiva. Lá você lidará com contratos, questões societárias, imobiliárias e tantas outras matérias.
6. “E aí, já passou na OAB?”
Ei, calma lá com a pressão! Estudantes de Direito só podem prestar a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a partir dos últimos dois semestres do curso, ou a partir da sua matrícula no último ano da graduação. Depois disso, o aluno pode prestar quantas provas quiser e chorar com a taxa de inscrição.
Mas, para quê raios serve o exame da OAB? Bem, sem ele você não pode advogar, mesmo sendo já bacharel depois de se formar em Direito. Como bacharel você pode prestar concursos públicos – menos o de magistratura ou do Ministério Público, que exigem três anos comprovados no exercício da advocacia.
Ao todo são três exames da OAB por ano (sendo dois no primeiro semestre e outro no segundo). A prova é dividida em duas etapas que acontecem em datas diferentes. A primeira, eliminatória, contém 80 questões de múltipla escolha que abrangem todas as matérias vistas na faculdade. É necessário acertar ao menos 50% do exame (ou seja, 40 questões), para seguir para a próxima fase.
Já a segunda etapa é composta por uma redação de uma peça processual e quatro questões dissertativas. Vale lembrar que nessa fase o candidato pode escolher uma área específica que norteará as questões do exame. É possível escolher entre Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito do Trabalho ou Direito Tributário.
7. “Você vai fazer direito ou errado?”
E para fechar a nossa lista, nada melhor do que uma piadinha à la “pra vê ou pra comê” que vez ou outra aparece na ponta da língua de alguém que acabou de descobrir que alguém está cursando Direito.
Se você é estudante de Direito e já ouviu alguma dessas perguntas. Pode ter certeza, você já está bem preparado para viver com afinco o Direito.
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